Estação de Gare Du Nord

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Estação de Gare Du Nord

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Equipe Administrativa de Expresso Hogwarts RPG

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– Bonjour Marry – Cumprimentei-a assim que me sentei para o café da manhã. Era incomum encontrar a casa tão vazia no meio da semana, mas nada me impedia de tomar café apesar da ausência de meus pais. – Bonjour Mlle Hammond. Autre chose? – Havia acabado de tomar o meu lugar habitual a mesa, dei uma rápida olhada notando que tudo que me apetecia já estava posicionado. – Non, merci. Je suis satisfait – Acenei e Marry saiu da sala, me deixando sozinha para apreciar minha refeição. Não pude deixar de estranhar a novidade, meus pais nunca haviam faltado a um café da manhã sem me informar, Marry não havia dado nenhuma noticia deles, tanto que seus lugares estavam postos na mesa. Comi devagar, absorta em pensamentos. Paris era uma cidade interessantíssima, não era difícil se perder em sua vida noturna. Mas este aspecto não fazia parte do estilo de vida dos meus pais, eles saiam apenas para ocasiões importantes. Eu nunca entendi porque meu pai escolheu essa vida, ele era um político influente dentro do mundo trouxa, e estava sempre na presença de Bruxos importantes. Augustus era alguém notável. Minha mãe estava sempre ao seu lado, desempenhando um papel que eu desconhecia, eu só sabia que ela fazia parte da equipe dele e suspeitava que era uma posição importantíssima, Theresa Carstairs Hammond não aceitaria nenhuma outra posição. – Marry – Chamei assim que terminei meu café da manhã. – Ils ont parlé avec vous? – Marry entendeu, sua resposta foi simples... ela apenas negou com a cabeça e saiu da sala. Marry estava com a nossa família desde que nos mudamos para Paris, isso foi quando eu era bem pequena e Brian ainda participava de tudo junto conosco, ele ainda morava com a gente. É, eu sentia saudades do meu irmão mais velho. Não sabia onde ele estava metido, as vezes ele mandava noticias mas era difícil entrar em contato com ele, já que ele nunca deixava um endereço ou coisa parecida.

Passei o restante da manhã em casa, lendo. Após o almoço resolvi sair e dar uma volta, se mamãe estivesse em casa teríamos discutido por algum motivo ridículo e só então eu teria saído, para ficar sozinha e esquecer dela. Hoje eu só desisti de ficar em casa e resolvi sair. Já que todos em casa resolveram sumir sem dar noticias era a minha vez de simplesmente dar uma volta, mas eu pretendia voltar ainda hoje, então sai apenas com uma pequena mochila onde eu guardava pertences pessoais de extrema importância e o meu diário. Eu gostava de me sentar nos bancos da Estação de Gare du Nord, quando nos mudamos para Paris era o lugar em que eu me sentava com Brian, apesar de ser muito movimentado era o nosso ponto secreto de encontro. Sei que hoje ele já nem devia mais lembrar disso, faziam vários anos, foi antes de qualquer um de nós receber a carta para Hogwarts e hoje já estávamos até formados. Rabiscava palavras desconexas em meu diário, hora em Inglês, Francês ou Alemão. Minha mãe tinha a mania de nos fazer aprender línguas diferentes, isso explica.

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Primeiro Ato:
Annastasia C. Hammond

- Não sou uma garota de recados, espero que se lembre disso Hammond! Bati em retirada da Sede da Irmandade, Brian havia me pedido para ir atrás de sua irmãzinha assim que soube dos últimos acontecimentos. Eu não tenho dom para esse tipo de abordagem, mas se ele aparecesse por lá a garota provavelmente ficaria muito mais sentimental e ele teria problemas em se livrar dela. Resolvi cooperar, nem sempre sou esperta nas minhas decisões, ainda mais quando acato as vontades desse maldito Hammond. Ele me disse que seria fácil encontra-la na Estação de Paris, Gare Du Nord. Sabia onde era, os alunos da Beauxbatons utilizavam esta estação para seguir até o Castelo, nada incrível. Me aproximei a passos largos, trajava um sobretudo preto fechado até em cima, os cabelos amarrados em um coque modesto e óculos escuros grandes o suficiente para esconder boa parte do meu rosto. - Annastasia, precisamos conversar. Me acompanhe agora! Venho a pedido do seu irmão. Dito isso me virei e segui pela plataforma até um ponto isolado.

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Dei um pulo ao ouvir meu nome, uma mulher loira parou ao meu lado me dando ordens. – Como é que é? – Mas ela continuou falando, ignorando qualquer intervenção minha, e ganhou minha atenção. Ah sim, e como ganhou. Na hora em que falou sobre o meu irmão. – Brian te mandou? Espera, quem é você? – Ela me ignorou totalmente, nossa como eu odeio ser ignorada, e saiu andando me deixando para trás. Levantei rapidamente, agarrando minha mochila e meu diário, segui atrás dela pela plataforma. A loira parou em um trecho muito isolado, poucos passageiros passavam por ali, já que estava relativamente longe da entrada dos trens e da entrada da própria estação. – Esta bem, quem é você e o que você quer comigo? Por que Brian te mandou atrás de mim? Por que o meu irmão não veio ele mesmo? Explique-me tudo, eu exijo isso. – Cruzei os braços, fazendo isso da melhor maneira que podia já que estava com o diário em uma das mãos e não havia colocado a mochila de maneira decente nas costas.

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Segundo Ato:
Annastasia C. Hammond

- Fique quietinha e não venha me dando ordens, fedelha. Cuspi as palavras sobre a garota, ela era tão irritante quanto o irmão, mas ele eu tinha motivos para aturar, ela não. Mal havia me visto e já se sentia no direito e posição de me dar ordens. Senti uma imensa vontade de estourar seus miolos no meio da plataforma, mas não ia me expor dessa maneira, por isso apenas coloquei as mãos nos bolsos do meu casaco, ignorando toda a crise de infantilidade. - Vou dizer apenas o que você precisa saber. Meu nome é Katherine, podemos dizer que eu trabalho com o seu irmão. Ele me pediu para vir atrás de você te dar uma informação que vai salvar a sua vida. Por tanto fique bem quietinha e me deixe fazer o que devo e seguimos o nosso caminho sem nunca mais nos encontrar.

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Ela era incrivelmente fria e foi bem dura e direta comigo, minha abordagem normalmente surtia efeito, mas pelo que parecia isso não ia funcionar agora. Alguma informação ela me deu, seu nome era Katherine, nunca tinha ouvido Brian falar dela então fiquei imensamente curiosa. O que ela queria comigo? Era exatamente o que eu queria saber, mas dessa vez não me atrevi a perguntar. Apenas fitei-a da maneira mais firme que consegui. – É um prazer conhecê-la Katherine, agora por favor diga, a que veio? – Tentei soar tão indiferente quanto ela, mas isso não era tão a minha cara, quem sabe assim ela simplesmente me dava a tal informação e pronto, fim de papo. Não parecia mesmo que ela estava disposta a trocar contatos e criar laços de amizade aqui.

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Terceiro Ato:
Annastasia C. Hammond

- Não faça esse tipo de cena garotinha, eu sei bem qual é o seu perfil. O único Hammond suportável é o seu irmão, por isso não me venha com gracejos. Olhei em volta, queria ter certeza que ninguém estava nos observando. Transeuntes que escutassem partes da nossa conversa não eram importantes, meu receio era maior, tinha nome e estava na minha cola havia algum tempo. - Eu não tenho tempo para rodeios, alguém pode nos encontrar aqui e ele está te procurando nesse exato momento. Não volte para casa, vá agora para um lugar seguro. Vá atrás de seu primo, Christian, ele é o Chefe da segurança do Ministério da Magia, vai ser capaz de te defender. Entendeu?

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Ok! Essa Katherine é doida, só pode, só pode ser mesmo. Ela me abordou no meio da estação de trem, fez um showzinho sobre "aviso importante" e me disse que eu corro perigo e que preciso ir atrás do Christian? Meu primo não é o tipo de pessoa disposta a me receber de braços abertos a qualquer hora do dia, essa garota ta fora da casinha, só pode ser isso. – Do que exatamente você ta falando? Por que eu iria atrás do Christian? Me diz logo o que está acontecendo, eu não vou fazer nada até que você me diga. – Apelei para a teimosia, ela ia ter que me contar o que estava acontecendo, se alguma coisa de fato estava acontecendo eu queria detalhes. Pelo amor de Merlim, eu não sou um caozinho que sai obedecendo só porque alguém apitou uma ordem.

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Quarto Ato:
Annastasia C. Hammond

- Seus pais estão mortos. Deisler matou os dois noite passada, não sei quais eram as ordens ou de onde elas vieram. Eu só sei que ele matou dois dos alvos ontem a noite, e um alvo ainda está a solta. Olhei em volta, tinha a sensação de que estava sendo observada, uma das minhas mãos já estava discretamente repousada sobre a varinha, eu só não queria ter de me meter em uma batalha tão pública com a fedelha sob meu olhar. - Vá atrás do seu primo, não volte para casa. Ele já pode estar lá a espreita. Pegue um trem para Londres e invente qualquer história sobre essa visita. Não cite o meu nome e muito menos o nome do seu irmão. Essa conversa nunca aconteceu.

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Estranha! História estranha, mulher estranha, papo estranho... O que diabos está acontecendo aqui? Meu cérebro parecia ter dado um nó, eu não tinha condições para pensar em nada com total clareza. Essa doida acabou de me dizer que um tal de Deisler matou os meus pais na noite passada? Não pode ser real, não pode ser verdade. Não faz o menor sentido. – Deisler? Quem é Deisler? E como eu posso simplesmente acreditar em você? Não é como se você fosse alguém que eu conheço e sei que realmente está me contando uma história real. – Claro que era muito estranho o fato dos meus pais terem simplesmente sumido e agora alguém vir me dizer que eles estavam mortos e que eu era o próximo alvo de um maluco. Mas como é que eu posso confiar em algo assim? Não posso simplesmente sair do país porque uma mulher que diz ser amiga, ou colega do meu irmão, apareceu me contando uma história tão irreal.

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Ato Final:
Annastasia C. Hammond

- Eu sabia que você não ia acreditar em mim, então te trouxe isso. Puxei uma caixinha de um dos bolsos do meu casaco, e dei nas mãos de Annastasia. Antes que ela pudesse pensar em abrir estendi a mão, segurando o queixo dela, assim prendendo sua atenção - Se quer descobrir sobre Deisler, vá atrás de Christian. Ele vai saber te explicar como ninguém. E essa lembrancinha vai fazer com que você acredite em mim. Não demore garota, eu não gosto de perder meu tempo a toa. Larguei Annastasia com a caixinha e seus pensamentos, virei as costas para ela e sai de lá caminhando.

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"Eu sabia que não ia acreditar em mim", revirei os olhos quando ela se deu ao trabalho de dizer isso em voz alta. Era obvio que eu não ia acreditar em uma história dessas com tanta facilidade. Quando as coisas não fazem sentido a gente tende a desconfiar. Katherine tirou alguma coisa do bolso e colocou na minha mão, segurei o que parecia ser uma caixinha. Quando fui olhar ela me surpreendeu segurando meu queixo com uma das mãos. Ela parecia ser frágil e delicada, mas era firme e tinha mãos mais fortes do que eu imaginei que poderiam ser. O movimento me pegou tão de surpresa que eu não fui capaz de fazer qualquer coisa, fiquei parada olhando para ela. Katherine simplesmente me instigou, instigou minha curiosidade sobre esse tal de Deisler, e foi embora. – Adeus Katherine – Falei para mim mesma, afinal de contas ela já havia ido embora. Me lembrei da caixinha que agora parecia pesar na minha mão. E quando abri tive de me escorar na parede que estava pouco atrás de mim, a caixinha continha as alianças dos meus pais... – Então é verdade – Virei para procura-la, precisava saber mais, e não foi nenhuma surpresa ter a certeza de que Katherine já havia ido embora. Juntei meus poucos pertences e fui até a bilheteria, onde comprei uma passagem para Londres. O trem não demorou a passar, embarquei largando Paris e toda a minha vida para trás.