Casa dos Gritos

Casa dos Gritos

Localizada em Hogsmeade, a Casa dos Gritos ganhou esse nome devido aos constantes gritos e gemidos que vinham de dentro dela, a cerca de 20 anos atrás. A casa foi silenciada há anos, mas a reputação de ser a casa mais sombria da Grã-Betanha permanece. As janelas são fechadas com tábuas e o jardim é úmido e mal cuidado.Todas as entradas estão tampadas, exceto a passagem pelo Salgueiro Lutador, que poucos conhecem. Os fantasmas de Hogwarts evitam a casa e dizem que é habitada por uma turma da pesada.

Equipe Administrativa de Expresso Hogwarts RPG

get away with it

let 'em talk, cause we're dancing in this world alone;

Minha mãe a essas horas devia estar embalada nas fofocas do dia a dia, junto de uma boa xícara de chá fumegante e da tal amiga que ela veio visitar. A única razão para eu ter aceitado vir junto foi o fato de eu poder sair da mesmice de rotina que cercava a todos naquela mansão e poder finalmente ter um tempo decente pra mim. Depois de algumas apresentações e daquele típico papo de mãe na frente dos filhos, tentando enaltecer qualquer coisa que eu tenha feito enquanto revirava os olhos, assim uma conversa começou e logo minha presença não era necessária no recinto. Fiz uma pequena prece para Merlin por ter me livrado daquela casa cheia de gatos e com uma decoração que parecia ter saído de um enterro medieval. Tinha noção de que o bom gosto estava realmente em falta, só não acreditava que tinham chegado aquele ponto e estava a ponto de vomitar seu café da manhã quando sai pelo portão velho e idêntico a todas as outras casa. Tudo ali parecia ser idêntico a tudo, o que contribua para o lugar parecer mais sem vida ainda. - Nunca mais reclamo de Berlim. - Já tinha me acostumado com isso desde a primeira vez que visitei o vilarejo mas sempre fazia questão de ressaltar o quanto os britânicos eram “mais do mesmo”.

Minha caminhada já tinha me levado desde a Dedosdemel até a Trapobelo, porém nada tinha conseguido me animar o suficiente para libertar o espírito consumista. O fluxo de pessoas também era bem diferente de quando tínhamos as famosas visitas durante o ano escolar, fazendo eu perceber que era a primeira vez que passeava sozinha e fora da “época” por ali. As ruas estavam tão vazias que era possível ouvir o bater dos meus sapatos no chão e isso era bem irritante. O clima conseguia deixar tudo ainda mais cinza, o sol fraco e uma temperatura agradavelmente amena fazia a diferença das ruas desertas e ensolaradas para as ruas lotadas de colegas de Hogwarts e cheias de neve ser esmagadora. Cheguei a estranha cerca, que também estava caindo aos pedaços, onde era o “limite” dos terrenos da casa dos gritos que eu podia observar a metros de distancia sem muita paciência. Já tinha me esquecido das inúmeras histórias que tinha ouvido sobre o lugar e todo blá blá blá envolta daquele lugar, não que eu tivesse medo ou algo do tipo, só achava extremamente desnecessário todo esse tipo de atenção. – Isso tudo fica bem mais interessante no inverno. - Resmunguei, sentindo uma brisa balançar meus cabelos ao mesmo tempo que diminuía um pouco a distancia eu e a casa. Provavelmente teria muito tempo livre ainda até minha mãe colocar o papo de anos em dia e isso teria que ser preenchido de uma forma ou outra.

Tinha convencido minha tia a nos levar até Hogsmeade, a manhã já havia sido bem produtiva no que diz respeito as nossas compras para o próximo ano letivo. Acabamos recebendo um sim apressado, ela nos deixou avisados de que voltaria apenas para nos buscar e que se alguém se atrasasse sofreria sérias consequências. Eu realmente acreditava nisso, e sei que as irmãs também, por isso assentimos enquanto ouvíamos suas instruções atentamente. Tomamos uma cerveja amanteigada juntos, no Três Vassouras, mas as meninas decidiram dar uma volta pela praça e eu realmente não estava afim de ouvir suas tagarelices de meninas a respeito de garotos ou coisas do tipo, afinal de contas sou um garoto e parente próximo, então elas não se incomodam em fazer comentários afetados na minha presença.

Caminhei meio sem rumo, com as mãos enfiadas nos bolsos do meu jeans surrado, minha atenção estava dirigida aos ladrilhos irregulares do calçamento das ruas de Hogsmeade, e principalmente no pequeno pedregulho que eu chutava algumas vezes a minha frente, era uma distração estranha e completamente dispensável, mas foi isso que me fez seguir um caminho impensado, quando me dei conta e ergui finalmente os olhos estava admirando a distância a Casa dos Gritos. Sempre gostei das histórias do lugar, mas a última vez que passei por lá a neve cobria toda a trilha da cerca até a casa, nessa época do ano ela era bem menos assustadora e sombria. Me debrucei sobre a cerca deteriorada e observei a casa, quando me dei conta de que alguém caminhava na direção da casa, só pude ver o contorno da silhueta esbelta e os cabelos loiros que chamariam a atenção de qualquer um. Despertado pela curiosidade extrema, segui pela trilha a passos apressados.

Tentei não fazer barulho durante todo o trajeto, não queria assusta-la, então esperei que ela entrasse na Casa dos Gritos e me aproveitei da porta já entreaberta para não denunciar minha chegada. Quando parei sob a soleira pude ver que era alguém conhecido, pelo menos pra mim e é claro que só de vista, a loirinha era uma quartanista da Sonserina. Encostei o ombro no batente da porta, ainda com as mãos nos bolsos, quando murmurei para chamar sua atenção. - Espero que não tenha medo de ser seguida, porque a vista foi incrível. - Disse em tom zombeteiro, quando ela se virou e me encarou, com olhos curiosos, eu me apressei a uma apresentação. - Desculpe, sou Gus, não deve se lembrar de mim mas somos colegas de casa. - Estendi a mão direita na direção dela, sem saber se o convite a uma aproximação seria aceito.

off: pausado entre Anne e Gus.

get away with it

let 'em talk, cause we're dancing in this world alone;

Eu geralmente não parava pra observar certas coisas e isso só mudava quando estava sozinha em algum lugar, como agora, parada a alguns metros da casa mais assombrada da Grã-Bretanha ou qualquer coisa do tipo. Não esperava ouvir sussurros, gritos e vozes estranhas me chamando mas qualquer coisa que valesse a pequena viagem até ali, resultando no desgaste do meu precioso sapato, já era alguma coisa melhor que o nada. Só recebi os barulhos das brisas levantando algumas folhas secas que farfalhavam no ar, o que outra hipótese teria sido algo bonito de se ver caso não estivesse em um lugar tão degradante. Nesse ponto fiz questão de segurar a saia preta para que ela não erguesse como vento e fizesse a festa de algum possível tarado pelas redondezas. Recomecei a andar depois de alguns minutos em direção a uma das entradas principais do casarão, especificamente onde a trilha acabava mesmo sabendo que tinha outras entradas além daquelas, possivelmente muitas outras que eu na estava muito afim de descobrir. Passei pelo jardim úmido e visivelmente mal cuidado, fazendo uma careta estranha ao pensar que provavelmente meu avô piraria se um dia o jardim da mansão se transformasse nisso. Era obvio que poucos, quase ninguém, chegavam tão perto daquele jeito se até mesmo os fantasmas de Hogwarts evitavam chegar perto dali.

Cheguei a frente da casa e subi um, dói, três degraus e esperei por alguma coisa mas novamente nada aconteceu. Foi só então ai que percebi como a porta não estava tão lacrada assim e que eu nunca ia perceber aquilo de longe. Decidi ignorar minhas mil e uma suposições sobre o fato mesmo sabendo que nenhuma delas era algo bom, ainda assim permanecia sendo uma bruxa e talvez eu poderia me defender muito bem. Caso contrario também tinha uma aptidão pra corrida fora do normal. Dei alguns passos ritmados entrei apressada , tossindo um pouco pela quantidade imensa de poeira impregnada por todos os cantos visíveis e não visíveis do ambiente. – Ótimo, só tem poeira junto de prováveis ratos e mais merda nenhuma. - Resmunguei em alto e bom som depois de pairar meu olhar por todo o cômodo em pior estado por dentro do que por fora. Tinha um menu completo de xingamentos em alemão na ponta da língua quando uma voz surgiu do nada, me fazendo dar um pulo e virar na direção de onde tinha entrado.

Um garoto desconhecido estava encostado com o ombro no batente da porta, parecendo até confortável se analisarmos bem o lugar em que estávamos e isso era estranho. – Geralmente eu tenho medo do que acontece a seguir caso isso for seguir alguma trama de terror. - Respondi no mesmo tom, agora já recuperada do susto mas não muito confiante e um pouco curiosa. Claro que por um milésimo de segundo sequer pensei que ele pudesse ser um fantasma ou o arruaceiro de casas mal assombradas, levando ao questionamento mental que era: será que ele tinha visto a cena da saia? sim, não ou claro? Ta ok que aquilo não era o suficiente pra fazer a vergonha aflorar, mas o desconforto era mais do que um incomodo no momento. – Annelise e não, não lembro mesmo. - Tentei ser o mais cordial possível sendo ciente que pareceria ligeiramente forçada e segurei a mão que era oferecida. – Agora posso ter certeza que você não é um fantasma, mas ainda pode ser um rebelde sem causa juvenil. – Soltei sua mão depois de alguns lentos segundos e tirei uma mecha de cabelo que caia desordenadamente no meu rosto, sem saber o que dizer a seguir. Dificilmente seria uma daquelas pessoas esquecíveis. Sua aparência me gritava isso a todo instante. – Já que estamos aqui, que tal um pequeno tour? - Parecia o mais certo a se fazer e não hesitei em dar um sorrisinho, voltando minha atenção para as teias de aranha que dominavam tudo com receio.

A neve forrada como um extensso tapete branco por toda a Hogsmead impossibilita muito a exploração e o teu campo de visão devido ao reflexo do sol. Eu certamente não estive em condições de ficar parado numa loja de doces ou tomando uma cerveja amanteigada junto de alunos nada curiosos, explorar e andar seria uma boa opção no mundo bruxo. Alguns anos atrás eu nem sequer sabia da existência de criaturas mágicas e um mundo próprio para todo este ecossistema other world. Tivera sorte de ser escolhido, muitos nem sonham da existência e é bom que não saibam. Em uma localização não exata, fica a casa dos gritos, uma manssão antiga muito famosa pelas assombrações e acontecimentos não datados no passado. Me atrevo a adentrá-la? Poderia certamente ter uma bela surpresa inesperada.

Welcome to a night of terror and fear!

Uma vida, um caminho, um rumo, um futuro. Tais coisas vinham em minha mente com uma velocidade catastrófica e isso impressionava. Eu suspirei fundo vendo em minha casa que estava sozinha. Minhas sobrinhas estavam em Hogwarts, e minha filha estava em Wellington passando uns tempos com a avó, o que dizia que eu tinha muito tempo livre para gastar comigo. Suspirei fundo, indo ao meu quarto e colocando uma blusa, um casaco preto, uma calça, uma bota preta, brinco, colar e anel feitos do mesmo material e pegando uma bolsinha e fazendo um feitiço indetectável de extensão, colocando meu livro de A menina que roubava livros e A hospedeira, uma jaqueta mais grossa e as chaves de casa, em meus ouvidos, tinham um fone de ouvido e na bolsa meu celular, que tocava G.U.Y. de Lady Gaga, e fui para um beco escuro, onde aparatei em Hogsmeade.

No momento em que cheguei no Vilarejo, comecei a andar calmamente para algum lugar sem rumo, até me ver na Casa dos Gritos. Estava frio, e coloquei o outro casaco que estava em minha bolsa, e tirei meu livro de A Hospedeira e comecei a folhear lo, enquanto eu sentia o vento frio bater em meus cabelos e levantar los. Era algo meio comum, alguém sempre sentar se comigo, apenas suspirei fundo. – Um erro, eu poderia dizer, sentar se ao lado de uma meio veela. Poderia enlouquecer facilmente. – Disse serenamente, enquanto olhava meu livro.

Humor: I Don't Care! ✖ outfit: This ✖ tag: Why I'm Here? ✖

THANKS DAN !

Leia 'u':

OFF: Saio do local. A pessoa com quem combinei de postar me deixa na mão e cabeças irão rolar :3

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